A palavra diz que Jesus veio na plenitude do tempo. Essa
plenitude pode ser entendida como um conjunto de circunstância que Deus
considerou ideias para que seu filho, Jesus Cristo, viesse ao mundo. O momento
apropriado e único na história. Esse momento é o mundo da época e contexto no
qual Jesus veio e que era propicio para a rápida propagação do evangelho, bem
como a situação vivida por aquele que primeiramente se tornaram ouvintes e
objetos do amor de Deus na pessoa de Cristo.
Entre o ultimo livro do antigo testamento, Malaquias, e o
primeiro livro do Novo testamento, Mateus, se passou um período de cerca de 400
anos. Nesse período Inter bíblico, com a falta de profetas e com o surgimento
de seitas, como o farisaísmo, se consolida a desesperança, a fome espiritual, a
falta de respostas vinda daqueles que
eram os porta-vozes de Deus, a saber os profetas. Certamente as pessoas que
rodeavam a Cristo e tinham contato com sua pessoa, estavam cansadas, sem
esperança e sobrecarregadas com um sistema religioso que surge numa lacuna,
deixada pelos verdadeiros homens de Deus.
A fome e o vazio espiritual eram a realidade frente a um sistema de
crenças que não satisfazia os anseios. Certamente essa fome fez com que Cristo,
o pão celestial, tivesse e fosse em si, o alimento para aqueles que viam Nele o
preenchimento para tal vazio, reflexo do desnorteio e desesperança.
Outro fator propício que engloba a plenitude do tempo é a
cultura grega. O grego era o “inglês” da época e através da tradução da Bíblia
para ele, os ensinos de Cristo alcançam um maior numero de pessoas. No campo
filosófico das especulações, os filósofos procuravam respostas mais claras e
concisas no que diz respeito aos fenômenos naturais, deixando de lado as
respostas místicas simplistas. Essas investigações envolviam o estudo da alma, da sua existência e do seu
propósito frente ao dualismo que se apresentava como explicação e como fator
decisivo em influenciar na formulação e interpretação. Bem sabemos que muitos
erros teológicos advêm da forte influencias que esse dualismo, da matéria má e
espirito bom, tiveram sobre alguns que lideravam a igreja nos primórdios. No
entanto, a filosofia grega contribuiu e também foi influenciada pelo
cristianismo, por ser uma cultura democrática e que a principio não absorvia a
ideia de Deus habitar na matéria considerada má.
Outra consideração importante é o domínio romano sobre uma
vasta região que ia desde a Espanha, norte da África e se estendia até ao
oriente onde hoje está o Iraque. Não apenas a tolerância romana com os povos
conquistados que permitia aos dominados praticarem livremente suas respectivas
religiões, bem como, as grandes obras de infraestrutura, como as estradas que
cortavam o império e por onde os apóstolos circulavam. Paulo, com o titulo de
cidadão romano tinha o direito de circular livremente pelo império anunciando o
evangelho, tida a princípio como uma religião estranha, devido a falar de um
salvador crucificado, que habitou na matéria má e que depois ressuscitou.
Devido a Roma subjugar povos, os dominados já passaram a desconsiderar seus
deuses, visto que estes eram impotentes por não conseguirem faze-los vitoriosos
nas batalhas. Nesse sentido, o politeísmo cedeu, vendo que Roma era imbatível.
Dentre essas, poderíamos
citar ou aprofundar mais fatores sobre essa plenitude do tempo. No
entanto, especificamente e pessoalmente sobre minha pessoa, existe um tempo, um
conjunto de situações, que afunilaram minha história, para que Cristo viesse ao
meu coração? Não basta Jesus ter vindo ao mundo, preparado e com condições
próprias para Jesus vir. É preciso que tenha havido uma plenitude de tempo,
para que Cristo finalmente habite pela fé no meu coração. Uma citação que resume
que há um proposito divino em todas as coisas é: Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureça o vosso coração! Todas as situações experimentadas por nós podem
ser situações que nos fazem reconhecer Jesus como Senhor e Salvador. Entendamos
que dentro do contexto eternidade nossa maior aspiração é de estar com Deus.
Ele é nossa maior certeza, convicção e propósito.
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